domingo, 29 de setembro de 2013

DESFOLHADA E VINDIMA




Sim, é verdade que ainda só tivemos duas semanas de aulas, mas já temos muito que contar...

À volta da escola, as pessoas apanham o milho, desfolham-no e guardam o que servirá de alimento para os animais e pão de um ano inteiro. A par desta atividade fazem também a vindima.

Não quisemos ficar atrás. Fizemos uma desfolhada na sala. O Avô do Dinis emprestou-nos uma máquina mágica que tira os grãos da espiga num abrir e fechar de olhos… Mas sabe bem tirar os grãos à mão…



Tínhamos a vindima marcada para sexta-feira. Mas a chuva e o vento de outono além de chamar os agasalhos das gavetas obrigou-nos a ficar na escola.

O que não impediu que fizéssemos a Vindima, pisássemos as uvas e claro…
Provássemos o” vinho”!

A NOVA ESCOLA...





Ainda não tive tempo de falar da minha escola nova.

Estas primeiras semanas são sempre de grande azáfama, sobretudo quando os meus novos amigos são os mais pequenos de toda a escola.

A minha nova escola fica num cantinho de serra perto de mim. Num lugar onde o tempo gosta de demorar-se e onde se conseguem decifrar os maiores dos mais pequenos silêncios…

Mergulhada num mar de verde, parece um barquinho de papel com meninos dentro. E mesmo em frente da janela da minha sala de aula vive um frondoso abeto por quem me apaixonei de imediato e cujos ramos as primeiras chuvas de outono enfeitaram de pérolas…

É linda a minha escola!


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

DESPEDIDA





Ali naquele canto de mar
onde bebo horizontes
e guardo o azul
que ao desfazer-se em espuma
me mostra o teu nome…
Vejo passar a andorinha
que leva o verão para longe…
O verão que acaba sem ti!

domingo, 22 de setembro de 2013

CHÁ DE DEMORAR A TARDE


(Imagem retirada da web )



Eu esperava-te no meu chá
e quando chegavas
ao aroma dos frutos silvestres
juntávamos os beijos
que bebíamos a colherinhas
para demorar a tarde…

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

MAIS LEVE QUE A BORBOLETA


( Imagem retirada da web )



Fui pesar o teu amor
No ourives da feira, um dia:
Pô-lo o ourives na balança.
Mas pêsos… nenhum servia.

Para pesar esse amor,
Que sobre o meu tem quintais,
Os pêsos mais pequeninos
Eram pesados de mais.

Mas veio uma borboleta
A voar, azul e amarela:
Poisou no prato dos pêsos,
E o prato baixou com ela!

                                                           Eugénio de Castro